Teste: Citroën Basalt chama atenção pelo custo-benefício

 

Foto: Divulgação 

Atualmente, não temos mais carros populares e acessíveis como antigamente. Dessa forma, qualquer veículo abaixo de R$ 100 mil já se destaca no mercado. Nesse quesito, a Stellantis tem se mostrado competente, especialmente ao reposicionar a Citroën como a marca de entrada do grupo, uma característica que antes era predominante na Fiat. Essa estratégia começou com o C3, passou pelo C3 Aircross e agora é reforçada pelo mais recente lançamento, o Basalt. Aqui no Espírito Santo, por exemplo, o Citroën Basalt está disponível a partir de R$ 89.990,00.

O Citroën Basalt chama atenção pelo design, que divide opiniões: ou você ama ou você odeia. Trata-se de um SUV coupé com traços que remetem ao C3. A dianteira lembra os modelos derivados do C3, mas o Basalt apresenta algumas diferenças. Ele possui luzes de LED no DRL (Daytime Running Light), enquanto os faróis principais são halógenos. O para-choque é mais proeminente em comparação ao C3 e conta com elementos em preto brilhante na grade, onde está o duplo chevron da marca, além de detalhes adicionais no para-choque, que também possui entradas de ar mais destacadas. Esses detalhes conferem ao modelo um visual robusto.

Visto de lado, destacam-se as rodas diamantadas de 16 polegadas e o caimento da coluna C, que reforça o estilo coupé compacto. Na traseira, o design é mais sólido, com um para-choque elevado, que passa a impressão de maior altura e volume. As lanternas não utilizam LED, mas a Citroën conseguiu criar um efeito visual que simula essa tecnologia.

O Citroën Basalt mede 4,34 m de comprimento, 2,64 m de entre-eixos e 1,82 m de largura, dimensões proporcionadas pela plataforma CMP da Citroën/Peugeot. O porta-malas tem capacidade para 490 litros, um bom espaço para a categoria.

Interior

Por dentro, o Basalt segue a fórmula do C3, com elementos simples e acabamento predominantemente em plástico rígido, mas com texturas diferenciadas no painel. O modelo se destaca pelo ar-condicionado digital, que traz um toque de sofisticação. Outros diferenciais incluem chave tipo canivete e painel de instrumentos digital colorido.

Foto: Divulgação 

 

Os bancos são mais finos, porém  surpreendentemente confortáveis, com revestimento bicolor em couro sintético.

O sistema multimídia de 10,25 polegadas oferece uma interface intuitiva, conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay e comandos bem posicionados. No entanto, a coluna de direção é ajustável apenas em altura, o que pode ser um ponto negativo para alguns motoristas.

Conjunto mecânico

O Basalt compartilha o motor turbo do Fiat Pulse. Na versão Shine, o modelo vem equipado com câmbio automático CVT de 7 marchas e motor 1.0 Turbo 200 (20,4 kgfm de torque) com 130 cv de potência. Já a versão de entrada utiliza um motor 1.0 aspirado de 75 cv, focado na economia.

Ao volante

Ao analisar o design do Basalt, confesso que as primeiras imagens não chamaram minha atenção. Embora ainda não me encante completamente nesse quesito, é inegável que o modelo apresenta qualidades notáveis. A Stellantis conseguiu fazer um bom trabalho no Basalt, ao contrário do que ocorreu com o Fiat Fastback, cujo design parece desproporcional.

Dirigir o Basalt é uma experiência agradável. Ele é ágil, com trocas de marchas bem ajustadas e boas retomadas de velocidade, oferecendo segurança nas mais diversas situações. A sensação ao volante é semelhante à de dirigir um Fiat, devido ao rodar macio e confortável, características marcantes dos veículos da marca italiana.

A Stellantis revitalizou a Citroën no Brasil, que vinha perdendo força no mercado. Com o sucesso do C3 e agora com o Basalt, a marca francesa recupera relevância e boas vendas. O Basalt é, sem dúvida, uma excelente opção de custo-benefício atualmente. Ele combina características de veículos premium, duas opções de motorização para diferentes perfis de público, bom espaço interno, ar-condicionado digital, painel de instrumentos digital e, principalmente, um preço competitivo nas versões básicas, abaixo de R$ 100 mil.

No Espírito Santo, por exemplo, a concessionária Orvel Citroën oferece o Basalt Feel manual por R$ 89.990,00. Já a versão Shine Turbo, testada por nós, parte de R$ 104.990,00.

Por Gustavo Paixão